30 janeiro 2007

Os sapos

Se existem três sapos numa folha, e um deles decide pular da folha para a água, quantos sapos restam na folha? O interessante seria pensarmos antes de olharmos, abaixo, a resposta, mas ela não é tão simples como parece... Pense...

























A resposta certa é: Restam três sapos. Porque o sapo apenas decidiu pular. Ele não fez isso.
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Nos não somos como o sapo, muitas vezes? Decidimos fazer isso, fazer aquilo, mas ao final acabamos não fazendo nada? Na vida, temos que tomar muitas decisões. Algumas fáceis; algumas difíceis. A maior parte dos erros que cometemos não se devem a decisões erradas. A maior parte dos erros se devem a indecisões. Temos que viver com as conseqüências das nossas decisões. E isto é arriscar. Tudo é arriscar. Rir é correr o risco de parecer um tolo. Chorar, é correr o risco de parecer sentimental. Abrir-se para alguém é arriscar envolvimento. Expor os sentimentos é arriscar a expor a si mesmo. Expor suas idéias e sonhos é arriscar-se a perdê-los. Amar é correr o risco de não ser amado. Viver é correr o risco de morrer. Ter esperanças é correr o risco de se decepcionar. Tentar é correr o risco de falhar. Os riscos precisam ser enfrentados, porque o maior fracasso da vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não tem nada, é nada. Ela pode evitar o sofrimento e a dor, mas não aprende, não sente, não muda, não cresce ou vive. Presa à sua servidão, ela é uma escrava que teme a liberdade. Apenas quem arrisca é livre. O pessimista, queixa-se dos ventos. O otimista, espera que mudem. O realista, ajusta as velas.

25 janeiro 2007

Ele faria 80 anos!...


Águas de Março
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Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim
(25.01.1927 - 08.12.1994)
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É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o Matita Pereira
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É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
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É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
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É um estrepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É uma ponta, é um ponto, é um pingo pingando
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
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É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
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É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

24 janeiro 2007

Som divino

Um achado!!!!!!
AAAAAAAAHHHHHHHHH, que som maravilhooooooooosssssssoooooooo!!!! No link abaixo,
Schubert, Trio para piano em Mi b
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http://blog.uncovering.org/archives/2007/01/cinema_pintado.html#more

Puro escapismo



"Sei que me é impossível voltar atrás, recomeçar tudo de novo. Mesmo que o quisesse - e não quero, seria demasiado doloroso e inútil - não me é agora possível destrinçar o que aconteceu do que podia ter acontecido, o que vi do que quis ver mais do que tudo, o que disse com o objectivo consciente de seduzir, aumentar o meu poder defendendo-me do mundo, do que disse com o coração na boca, a tremer, como se tivesse pouco tempo de vida. A minha vida nada tem a ver com o que escrevo."
Pedro Paixão - in "cala a minha boca com a tua"

23 janeiro 2007

Desatino

Hoje(23.01.07) estou numa felicidade que eu não sei o motivo. Não sei mesmo! Às vezes sinto isso e só depois de alguns dias que vem a resposta. Sinto-me tão leve!
Estou fazendo teatro e estou amando. Aprendi tudo que sei com meu amigo lindo maravilhoso judeu e gentleman Júnior(Xu).
Fico pensando em tantas coisas que me atropelo até pra escrever! Nooosssssaaa, que coisa de maluco!
O pior é que tudo que observo e penso, dá certo! Até comentei com uma amiga que preciso montar uma "tenda" pra previsões porque, sem modéstias, eu sou f*^*! rssss
Já disse: tenho o décimo sentido! Num é possível!!!!!
Se eu fosse olhar pra tudo(de ruim)que tá acontecendo comigo, eu simplesmente pararia no tempo. Viveria em depressão profunda.
Mas não. Preciso me levantar, erguer a cabeça e fazer o que falei que iria fazer: Neste 2007 vou me desvencilhar de tudo que me entristece.Por enquanto estou conseguindo!!!!! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!
Para um bom começo, estou em Pasárgada( tudo bem, vcs estão achando que isso já tá chato, mas não posso fazer nada! Amo este lugar!), estou fazendo teatro(arte é comigo mesmo!), estou pensando menos em algumas coisas e.........tcharam:Estou sobrevivendo!!!!!
Um abração pra todos!
Aproveitando, deixo aqui o endereço de um site de meu amigo, que lá no link Artigos/Literatura/Outros, vocês poderão ler alguns escritos meus:
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22 janeiro 2007

Poesia para meus ouvidos



Foi você
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Se eu amasse você assim
Não seria mais que eu
Teu olhar de marfim
Toca forte o sangue meu.
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O sorriso é espelho
Refletido no espaço
De estrela e escaravelho
De senhora e de cangaço.
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O amor é verbo vivo
Só quem ama é quem sabe
Que em dia de esquivo
Vale mais nossa verdade.
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Seu olhar me entorpece
Disfarcei e vi a mim
Cada gesto me enlouquece
De bondade ou de ruim.
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As mãos trêmulas ao piano
São tocadas devagar
O som alto dia a ano
Não me deixa respirar.
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Você veio que nem sei
Nessa estrada dolorida
Foi senhor e também rei
Foi você a minha vida.

18 janeiro 2007

A(cor)d'amor

Estacionado fitou
Ancorado parou
Ar-condicionado
E montou.
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Um apaixonado
Demonstrou
Que era iluminado
E corou.

15 janeiro 2007

Razões



Moro em Pasárgada:
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1 - Porque meu mundinho tava me sufocando;
2 - Porque a minha paz estava se esgotando;
3 - Porque é caso de necessidade;
4 - Porque aqui é tudo muito lindo;
5 - Porque as praias daqui são as mais belas;
6 - Porque daqui não fico sabendo sobre coisas ruins;
7 - Porque aqui mora meus verdadeiros amigos;
8 - Porque sobrevivo sem preocupações;
9 - Porque aqui eu canto e escrevo melhor;
10 - Porque daqui eu me desfaço de cenas tristes;
11 - Porque o verde daqui é mais verde;
12 - Porque o azul do céu é mais azul;
13 - Porque consegui sobreviver a muitos;
14 - Porque aqui eu faço teatro;
15 - Porque é este o lugar que escolhi para morrer.

12 janeiro 2007


Caminhos
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Meus pés andam
e
andam
É

Tudo verdade
Cometer um
erro
Imaginar num
mar
Sem rota nem radar
Rastros sem pegadas
Atirados
no meio do
nada
É.................
Um só
Cheio de nós
Parecidos com laços
Embaralhados
Como um fogo
com água
e
areia
Cans(aço)
An(dança)
e mais,
muito,
muito mais
........................

08 janeiro 2007

e é assim

Troco de blog como troco de meias. Cada momento da minha vida faz com que eu mude. É sempre bom ter um motivo para mudar. Já mudei a cor dos cabelos várias vezes, troco de esmalte quase todos os dias, mudo o corte de cabelo sempre que quero e mudo de olhar todas as vezes que vejo alguém. As mudanças necessárias são as verdades que nos unem ou nos separam. Mais separam do que unem mas isso não importa; o caminho que escolhemos é este mesmo. Pena que para serem alegres alguns precisam entristecer outros. Que pena...Vidas opostas, vidas cruzadas, vidas iludidas, vidas desperdiçadas, vidas armadas, vidas dúbias, vidas dúplices com ideais escusos que ferem e matam.
Êta, vida besta, meu Deus!