26 novembro 2006

Se vc quiser aprender...

aula de japonês

http://www.nippobrasil.com.br/2.semanal.aula/index.shtml

22 novembro 2006

Digo-TE

Em cada tipo de vento ouço seu sussurro.

Vento brisa, tufão, vento esparramado, vento contido.
Um leve beijo que molha o rosto e tinge os olhos. Um pingo de chuva sem querer....
Quando chove e quando choro, tudo fica a mesma coisa: uma tristeza sem fim....
Nuvens apressadas me dizem que já é hora de partir, sem deixar rastros, pois o vento é implacável, ele destrói tudo sem deixar saudades.
Enquanto o vento faz sua parte eu insisto em fazer a minha, mas sem resultados positivos.
Quem inventou a tristeza? Quem?Onde vive a dona do amor?(O amor tem dona?)
Lençóis fazem coreografia de lindas bailarinas, até mesmo sem saberem.
Invento um assobio e produzo com toda força e de repente aparece-me um passarinho, todo azul, e me diz: "Você não inventou este som, ele me pertence."
Que frustração!
Logo depois invento um miado e penso: "Só falta agora chegar um gato e dizer que este miado é dele!"
Passa-se dez minutos, avisto um gato todo branco. Chega de mansinho e mia entre meus pés. "Que bom!", penso eu, "ele mia diferente!"
Ele sai e volta com mais três companheiros e todos miando igual a mim!
Chiiiiiiiiiiiii............
E começa o barulho dos ventos, do mar e das ondas. Todos querendo me arrebatar.
Seguro firme em uma cadeira e tento não cair.
De repente algo me vem à mente e adormeço sem levar em conta que estou prestes a ser levada pela tempestade.
Não penso mais.
Não mio mais.
Nem acordo.

16 novembro 2006

quando ninguém me vê

Cuando Nadie Me Ve (tradução)
Alejandro Sanz
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Às vezes me elevo, dou mil ropopios,
Às vezes me confino atrás de portas abertas.
Às vezes lhe conto o por quê deste silêncio
É que às vezes sou seu e às vezes do vento.
Às vezes de um fio e a vezes de um cento
E a vezes, minha vida, lhe juro que penso:
Por que é tão difícil sentir como sinto?
Sentir como sinto que seja difícil...
Às vezes lhe olho e a vezes você se deixa,
Me empresta suas asas, revisa seus vestígios.
Às vezes por tudo ainda que jamais me falhe,
Às vezes sou seu e às vezes de ninguém.
Tem que vezes, lhe juro, que de fato sinto
Muito não lhe dar a vida inteira,
Lhe dar somente esses momentos.
Por que é tão difícil viver?
Só é isso, viver, só é isso, por que é tão difícil?
Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.
Quando ninguém me vê, ponho o mundo ao contrário.
Quando ninguém me vê, o corpo não me limita.
Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.
Quando ninguém me vê
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Às vezes me evelo, dou mil ropopios,
Às vezes me confino em seus olhos
Atrás de portas abertas.
Às vezes lhe conto o por quê deste silêncio
É que às vezes sou seu e às vezes do vento.
Lhe escrevo dos centros de minha própria existência,
Onde nascem as ânsias, a infinita essência.
Há coisas muito suas que não compreendo
E há coisas tão minhas, mas é que não as vejo.
Suponho que penso que eu não as tenho,
Não entendo minha vida, se acendem os versos,
Que às escuras posso dizer "sinto muito!","não é certo!".
Não acenda as luzes pois estou com
A alma e o corpo nus.
Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.
Quando ninguém me vê, me pareço com sua pele.
Quando ninguém me vê, eu penso nela também.
Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.
Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.
Quando ninguém me vê, o corpo não me limita.
Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.
Quando ninguém me vê, o corpo não me limita.
Quando ninguém me vê, posso ser ou não ser.
Quando ninguém me vê...
.
Às vezes me evelo, dou mil rodopios,
Às vezes me confino atrás de portas abertas.
Às vezes lhe conto o por quê deste silêncio
É que às vezes sou seu e às vezes do vento.
E às vezes do tempo...
Às vezes do vento...

09 novembro 2006

Tudo passa?

Uma das músicas mais bonitas da MPB é aquela composta pelo Nelson Motta e cantada pelo Lulu Santos, que diz que na vida tudo passa, tudo sempre passará, como uma onda no mar. Linda. Mas é mentira.
A garota está sofrendo o diabo porque brigou com o namorado e a mãe consola com a frase de sempre: vai passar. O garoto levou bomba no vestibular e o melhor amigo diz: na próxima vez você passa.
Analisando superficialmente, é verdade, todas as nossas dores, um dia, cessam. Para dar lugar a novas dores. Tudo passa? Nada passa!
É isso que ninguém tem coragem de nos dizer.
A dor da perda, a dor de fracassar, a dor de não corresponder a uma expectativa, a dor de uma saudade, a dor de não saber como agir, de estar perdida, instável, de ter dúvidas na hora de fazer uma escolha, todas estas dores, que parecem pequenas para quem está de fora, nos acompanharão até o fim dos nossos dias. Elas não passam. Elas ficam.
Elas aninham-se dentro da gente, o que não deve servir de motivo para pularmos de uma ponte. Mario Quintana escreveu que nós somos o que temos e o que sofremos. Sem dor, sem vida interior.
Não passam as dores, também não passam as alegrias.
Tudo o que nos fez feliz ou infeliz serve para montar o quebra-cabeças da nossa vida, um quebra-cabeças de 100.000 peças.
Aquela noite que você não conseguiu parar de chorar, aquele dia que você ficou caminhando sem saber para onde ir, aquele beijo cinematográfico que você recebeu, aquela visita surpresa que ela lhe fez, o parto do seu filho, a bronca do seu pai, aquela festa para a qual você não foi convidada, o acidente que lhe deixou cicatrizes, tudo isso vai, aos pouquinhos, formando quem você é.
Não há nenhuma peça que não se encaixe. Todas são aproveitáveis. Como são muitas, você pode esquecer de algumas, e a isso chamamos de "passou".
Não passou. Está lá dentro, meio perdida, mas quando menos você esperar, ela vai ser necessária para você completar o jogo e se enxergar por inteiro.(Martha Medeiros)

08 novembro 2006

Tudo se fala em silêncio doído

A Vertigem dos dias - Guilherme F. www.coisasdagaveta.blogs.sapo.pt

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Bebo mais uma chavena de chá e olho a vidraça, que se resume num branco esfumado.
Vejo um Outono que chega apressado, não com os olhos, mas com um remorso profundo, vindo das entranhas, de quem desespera para encontrar uma resposta que lhe justifique o abandono daquela alma simples e pura. Encontrei uns olhos que me pediam atenção. Dei-lha. E não foi a sua juventude (o corpo) ou a sua maturidade (a alma) que me trouxeram daquele lugar remoto e triste a que chamam solidão. Não foi o verde dos olhos, que me mostraram florestas e lugares nunca antes visitados, que me trouxe uma alegria fresca, como a brisa que soprava nesse fim de tarde de Setembro. Foram as mãos. Os dedos rectilíneos e brancos; o tocar suave no meu braço cansado de tanto escrever; foi o tecido aveludado da sua mão que me devolveu cheiros e sabores que julgava perdidos.

Não fui eu quem a conquistou, porque sou incapaz de olhar e desejar uma mulher. É pesado esse desejo que não ouso sentir; tenho-o preso, amarrado e não o liberto jamais. Foi ela, quem teceu a teia, frágil tecido feito de calmos dias e noites de esgotantes leituras e tudo o resto que guardo nestes olhos cansados.
Não fui capaz de lhe dar o que me pedia (tão pouco, meu Deus) e parti já esgotado de tantas emoções. Gosto dos dias simples e leves, sem desejos e sentimentos que me perturbem a escrita e os pensamentos, e amar é demasiado esgotante para quem vive a leveza dos dias e das horas sem entusiamos fúteis.
Não quero suportar a paciência de ver e ouvir, todos os dias, os mesmos vizinhos; as mesmas solidões (tão iguais, que somos). Não quero a tranquilidade de um lar, os filhos, o quotidiano dos dias e das almas planas.
Escolho a solidão, consciente e altivo, como que escolhe a forca ao lugar da mentira e com isso se sente satisfeito, de uma felicidade quente que o ajuda a enfrentar o desconhecido. É essa a minha escolha, não sem recentimentos e angústias, mas de uma vertigem de lugares e emoções. Tantas pessoas. Tantos destinos. Tanto para se sentir e eu, olhando esta paisagem árida e fria, escolho isto: não dar felicidade a quem a procura pois, com isso, daria um pouco de mim. E eu já sou tão pouco.

06 novembro 2006

Desligada e plugada

Na vida a gente vê de tudo mesmo. Não tem jeito.

E olha que eu moro em uma cidadezinha do interior de Minas Gerais!!!!!! Roça, digamos assim. Não estou ofendendo dizendo que aqui é uma roça porque para mim não há melhor lugar do que uma casa no campo; mato(muito mato), bichos(muiiiittttoooosss bichos), ar puro, rios lindíssimos, gente bonita e alegre.
Fatos que impressionam mesmo sem nós presenciarmos.
Fatos chocantes e gritantes que nos levam a pensar que o mundo está do lado do aveSSo, mesmo!
E pra não ficar falando, falando e falando, quero aproveitar que hoje ainda é dia 06 de novembro(agora são 23h:30min), vou postar uma poesia linda que diz tudo ou quase tudo(depende do ponto de vista de quem lê). Sei que vão gostar.
Nossssaaaa, mudei de assunto completamente! akakakakakaka!Quimimporta!!!!!!!
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DESEJO - Victor Hugo


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Desejo primeiro que você ame, E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

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Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
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Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
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Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
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Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
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Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
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Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
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Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
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Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.

02 novembro 2006

Música para meus ouvidos!


To curtindo um quarto(o meu) desde ontem e aproveitando para ver uns DVD's. Assisti ao DVD do Festival de Música e me bateu uma saudaaaaaaaddddeeeee! A música mais linda, com toda certeza foi "A flor que mora na estrela". Que belezinha a Alexandra e as crianças cantando........
E pensei sobre a MÚSICA.
Ela faz parte da nossa vida(da minha em particular) desde pequena. Meus pais cantam, minhas irmãs e eu. Minha irmã mais velha canta MUITO! Voces precisam ouvir: é um arraso! Ela canta melhor que todos em minha casa.
Pensamentos.....
Uma frase de Mário Quintana: "Analfabeto não é o que não sabe ler, mas o que sabe ler e não lê."
Aí veio uma cadeia de idéias: eu sou analfabeta na área musical; não sei nada de partituras, nao sei ler partituras, nao entendo nadica de nada de cifras, nem de tocar instrumento algum. Minhas irmãs tocam alguns instrumentos: guitarra, violão, saxofone, contra-baixo, clarinete. Infelizmente o instrumento que mais amo, ninguém de minha família toca: piano. Desde nova admiro Richard Clayderman. Como é bom ouvi-lo tocar!
Dá uma paz ouvir um bom som de piano. Como é lindo, meu Deus!
O que sei é cantar e tento não desafinar! Ah, isso pra mim é muito importante! Não desafinar!
É horrível ouvir alguém desafinar! Um horror!
Tenho um gosto musical bem amplo. Gosto de muitos ritmos, muitas vozes, muitos estilos.
E pra fechar meu post, uma frase da música de Ivânia Catarina, que diz tudo:
"Parte de mim é atriz, a outra parte é real".