22 novembro 2006

Digo-TE

Em cada tipo de vento ouço seu sussurro.

Vento brisa, tufão, vento esparramado, vento contido.
Um leve beijo que molha o rosto e tinge os olhos. Um pingo de chuva sem querer....
Quando chove e quando choro, tudo fica a mesma coisa: uma tristeza sem fim....
Nuvens apressadas me dizem que já é hora de partir, sem deixar rastros, pois o vento é implacável, ele destrói tudo sem deixar saudades.
Enquanto o vento faz sua parte eu insisto em fazer a minha, mas sem resultados positivos.
Quem inventou a tristeza? Quem?Onde vive a dona do amor?(O amor tem dona?)
Lençóis fazem coreografia de lindas bailarinas, até mesmo sem saberem.
Invento um assobio e produzo com toda força e de repente aparece-me um passarinho, todo azul, e me diz: "Você não inventou este som, ele me pertence."
Que frustração!
Logo depois invento um miado e penso: "Só falta agora chegar um gato e dizer que este miado é dele!"
Passa-se dez minutos, avisto um gato todo branco. Chega de mansinho e mia entre meus pés. "Que bom!", penso eu, "ele mia diferente!"
Ele sai e volta com mais três companheiros e todos miando igual a mim!
Chiiiiiiiiiiiii............
E começa o barulho dos ventos, do mar e das ondas. Todos querendo me arrebatar.
Seguro firme em uma cadeira e tento não cair.
De repente algo me vem à mente e adormeço sem levar em conta que estou prestes a ser levada pela tempestade.
Não penso mais.
Não mio mais.
Nem acordo.