Seu gosto musical

Estudo britânico liga abuso de drogas ao gosto musical de cada um

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Fãs de música eletrônica tomam mais drogas

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Um estudo realizado pela Universidade de Leicester, na Inglaterra, "revelou" que mais de 25% dos apreciadores de música clássica já tiveram experiências com maconha. Parece impreciso e levemente inútil? Pois espere: os pesquisadores buscavam conhecer as ligações entre o gosto musical de cada um e seus respectivos estilos de vida.
Foi descoberto pelos estudiosos que, independentemente do gênero, em todo estilo musical existe algum fã que já tomou algum tipo droga (sério?!). Também foi constatado que o tipo de som com maior porcentagem de fãs que já usaram entorpecentes é a música eletrônica. Dentre as demais "descobertas", foi averiguado que apreciadores de blues costumam receber mais multas de trânsito (ok...).
O estudo foi realizado por meio de entrevistas com 2500 pessoas na Inglaterra e foi publicado no periódico Psychology Of Music. Quem foi argüido respondeu questões sobre rotinas de vida, crenças políticas, educação, trabalho e hobbies. Além, claro, do estilo musical de sua preferência.
O grupo que se revelou mais moderado no consumo de entorpecentes são os fãs de musicais como Nos Tempos da Brilhantina e Annie. Eles teriam uma porcentagem consideravelmente pequena de experiências com drogas e atos criminosos, além de beberem menos e estarem mais propensos a fazerem trabalhos de caridade.
Além dos fãs do baticum eletrônico, os apreciadores de hip hop também estão dentro da fatia que consome a maior quantidade e variedade de drogas dos grupos entrevistados, além de terem mais parceiros sexuais no decorrer de um ano. O líder da pesquisa, Dr. Adrian North, afirma que o gosto musical exerce certa influência no comportamento de cada um, independendo de etnia ou classe social.
Ele também afirma que existe uma determinada ligação entre música e estudos. Pela constatação feita na pesquisa, pessoas com mais escolaridade tendem a gostar mais de jazz, blues e ópera. Os fãs de hip hop, porém, têm em sua maioria pessoas que freqüentaram escolas públicas ou como bolsistas.
North também descobriu ligações entre riqueza pessoal e música, dizendo que os fãs de música pop adulta e música clássica estão entre os que vivem melhor. Eles também são os que mais pagam coisas com cartão de crédito. Mais até mesmo do que fãs de música eletrônica e hip hop.
A idéia de North e seu grupo é levar a pesquisa a âmbito global, buscando reunir cerca de 10 mil pessoas para aprofundar os conhecimentos adquiridos com este primeiro estudo.

Da redação por: Rafael Mordente(terra.com.br)